Vou falar sobre as histórias publicadas em Guerra Civil: FCBD, Guerra Civil 0 e Guerra Civil 1.
Cada uma das histórias se passa em um momento diferente, então vou
apresentar abaixo um texto dando um geral de forma cronológica.
Tudo começa com a Mulher-Hulk defendendo o vilão Polichinelo em
um julgamento. Ele está sendo condenado por ter conversado com algumas
outras pessoas que também já cometeram crimes. O argumento da acusação é
que isso significa que ele está tramando algo, tendo em vista o seu
histórico de crimes. Já a Jeniffer Walters defende o rapaz apontando que ninguém deve ser condenado por um crime que ainda não cometeu.
O resultado final foi a condenação do Polichinelo. Mesmo já tendo pago
pelos crimes do passado, ele foi preso pela possibilidade de cometer
crimes futuros. O pior disso tudo é que em uma briga na prisão ele
acabou sendo morto. O que irritou bastante a Sra. Walters.
Outro grande foco da história é do James Rhodes. O presidente dos Estados Unidos, o grande Obama, o convidou para uma reunião em particular onde lhe convidou para ser o novo Secretário de Defesa do país. O político ainda revelou que pretende tornar Rhodes o seu sucessor na Casa Branca.
A outra protagonista da história é Carol Danvers. Estressada com o trabalho de proteger a Terra, liderar a A-Force e os Supremos, ela acaba tendo uma consulta informal com Doc Samson,
o psicólogo super-herói. Ela confessa ao amigo que gostaria de ter uma
forma mais eficiente de evitar as catástrofes. Porque quanto mais eles
evitam, mais problemas surgem.
Mas o centro das atenções nessa Guerra Civil é Ulysses. Um jovem que estava estudando em Ohio quando foi pego pela Névoa Terrígena e acabou ganhando poderes. Ele agora consegue prever o futuro. Mas como era de se esperar, está tendo problemas com isso.
Sorte dele que os Inumanos estão empenhados em ajudar os mais novos de
sua raça e o encontram. Após um extensivo treinamento com Karnak,
ele consegue controlar o seu poder. Ele aprende a manter a calma e
observar detalhes da visão, como por exemplo, jornais e outros sinais
que o indiquem quando a visão irá se concretizar.
É dessa maneira que ele consegue prever um ataque em grande escala de
seres celestiais. Com essa antecedência, os heróis conseguem se unir e Vingadores, Supremos, X-Men, Inumanos e seres mágicos se juntam para salvar o dia.
Não é todo dia que uma missão sai tão bem assim. É por isso que uma enorme comemoração acontece na Torre Stark. Ele agradece aos Inumanos pela ajuda, mas junto da Capitã Marvel questiona Medusa sobre como ela teria a informação da invasão.
Os Inumanos reúnem o Homem de Ferro, os Capitães América, Homem-Aranha, Máquina de Combate, Mulher-Hulk e Capitã Marvel para revelar o segredo de Ulysses. Para tornar a coisa democrática, Jean Grey é chamada para usar seus poderes telepáticos e mostrar a todos como funcionam as visões do inumano.
Mas, nem tudo sai como o esperado. Sua mente não pode ser lida. Isso de
imediato já causa uma reação em Stark, que contesta a decisão de prever
situações futuras tendo como base as visões de um inumano cuja mente nem
pode ser lida. Já a Capitã Marvel, com a sua fissura por proteger o
mundo, encontra no inumano justamente o que ela estava procurando.
Tony faz o questionamento básico sobre matar Hitler ainda bebê e
pergunta o que será feito quando as visões começarem a ser sobre eles (a
comunidade heroica). Nesse meio tempo, temos alguns bons momentos, como
quando Steve Rogers faz menção a se meter na conversa e Stark diz se negar a ter uma discussão ideológica com ele.
Porém, três semanas depois, Ulysses volta a ter uma visão. Dessa vez ele visualiza o Thanos invadindo o complexo Pegasus, em busca de um Cubo Cósmico.
Medusa leva o Inumano até a Capitã Marvel, que reúne os Supremos e
alguns Inumanos para deter o vilão assim que ele chegar. Com a
informação de Ulysses, os heróis terão tempo de se programar para a
chegada dele.
Rhodes, que foi visitar Carol (eles estão tendo um caso), acabou
participando da emboscada. E a armadilha funcionou direitinho no começo,
mas então a maionese desandou. Os heróis se atrapalharam. Máquina de
Combate acertou em cheio um míssil na Mulher-Hulk e ele próprio acabou
sendo morto por Thanos. Mas no final, o vilão foi preso.
Sobrou para a Mary Janes, que agora trabalha para o Tony, lhe
contar sobre a perda do amigo. Stark sai voando até a base dos Supremos,
exigindo saber o que aconteceu. Ele encontra o corpo do seu amigo já
sem vida e a sua armadura totalmente destroçada.
Quando descobre que ele morreu em uma missão liderada pela Capitã
Marvel, ele sai aos berros exigindo conversar com ela. É quando a
encontra em frangalhos, sentada ao lado da Mulher-Hulk, que está
entubada e em coma, gravemente ferida.
Ela explica o que aconteceu, discute brevemente com o amigo, mas o
irrita mais ainda quando conta que a emboscada foi armada graças as
visões de Ulysses. Stark sai muito irritado, falando que vai evitar que
os heróis brinquem de Deus novamente. Enquanto Carol Danvers, ainda mais
arrasada, vê a Mulher-Hulk acordar para lhe dizer que ela está lutando
pela coisa certa. Imediatamente depois disso o coração dela para de
bater e a edição acaba.
É um início bastante eletrizante para essa que promete ser a grande saga da Marvel no ano. A história repete a questão da divisão ideológica,
mas apresenta uma história totalmente original. Um dos destaques fica
para a sempre divertida interação entre os vários nichos de heróis da
editora.
A história apresenta alguns elementos também do filme da Guerra Civil,
como o fato da divisão além de ser ideológica, estar fortemente ligada
aos laços de amizade. Tanto entre os dois protagonistas (Capitã Marvel e
Homem de Ferro) quanto as vitimas (Mulher-Hulk e Máquina de Combate).
Pra uma primeira edição, particularmente gostei bastante. Teve ação,
teve piada e teve muitas explicações e diálogos que fundamentaram a
posição dos principais envolvidos. E a arte do Marquez somada ao
roteiro do Bendis sempre casam perfeitamente. As cenas finais passam uma
emoção muito forte. O desespero dos personagens é completamente crível.
É apenas a primeira (de sete) edição da saga, então é muito cedo para
ser definitivo em qualquer coisa. Mas ela sem dúvidas começou muito bem.
As ramificações desses acontecimentos e novos desmembramentos devem
ocorrer a partir de agora. O mais esperado é certamente a divisão de
lados. Alguém tem alguma aposta?
E você caro leitor, o que achou? Também gostou? Ou é do time oficial de
haters do Bendis que criticam qualquer coisa que ele assina?
Brincadeiras a parte, deixem nos comentários as suas impressões.
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