7 de jun. de 2016

ENTENDA A GUERRA CIVIL NOS COMICS!!

Por ironia do destino (AKA editores), 10 anos após o lançamento da Guerra Civil original, nós nos deparamos com um novo racha na comunidade super heroica. Mas como essa nova treta vai começar? Quais são os argumentos? Como ficaram as divisões? Calma lá, vamos te explicar isso tudo.
Vou falar sobre as histórias publicadas em Guerra Civil: FCBD, Guerra Civil 0 e Guerra Civil 1. Cada uma das histórias se passa em um momento diferente, então vou apresentar abaixo um texto dando um geral de forma cronológica.
Tudo começa com a Mulher-Hulk defendendo o vilão Polichinelo em um julgamento. Ele está sendo condenado por ter conversado com algumas outras pessoas que também já cometeram crimes. O argumento da acusação é que isso significa que ele está tramando algo, tendo em vista o seu histórico de crimes. Já a Jeniffer Walters defende o rapaz apontando que ninguém deve ser condenado por um crime que ainda não cometeu.
O resultado final foi a condenação do Polichinelo. Mesmo já tendo pago pelos crimes do passado, ele foi preso pela possibilidade de cometer crimes futuros. O pior disso tudo é que em uma briga na prisão ele acabou sendo morto. O que irritou bastante a Sra. Walters.
Outro grande foco da história é do James Rhodes. O presidente dos Estados Unidos, o grande Obama, o convidou para uma reunião em particular onde lhe convidou para ser o novo Secretário de Defesa do país. O político ainda revelou que pretende tornar Rhodes o seu sucessor na Casa Branca.
A outra protagonista da história é Carol Danvers. Estressada com o trabalho de proteger a Terra, liderar a A-Force e os Supremos, ela acaba tendo uma consulta informal com Doc Samson, o psicólogo super-herói. Ela confessa ao amigo que gostaria de ter uma forma mais eficiente de evitar as catástrofes. Porque quanto mais eles evitam, mais problemas surgem.
Mas o centro das atenções nessa Guerra Civil é Ulysses. Um jovem que estava estudando em Ohio quando foi pego pela Névoa Terrígena e acabou ganhando poderes. Ele agora consegue prever o futuro. Mas como era de se esperar, está tendo problemas com isso.
Sorte dele que os Inumanos estão empenhados em ajudar os mais novos de sua raça e o encontram. Após um extensivo treinamento com Karnak, ele consegue controlar o seu poder. Ele aprende a manter a calma e observar detalhes da visão, como por exemplo, jornais e outros sinais que o indiquem quando a visão irá se concretizar.
É dessa maneira que ele consegue prever um ataque em grande escala de seres celestiais. Com essa antecedência, os heróis conseguem se unir e Vingadores, Supremos, X-Men, Inumanos e seres mágicos se juntam para salvar o dia.
Não é todo dia que uma missão sai tão bem assim. É por isso que uma enorme comemoração acontece na Torre Stark. Ele agradece aos Inumanos pela ajuda, mas junto da Capitã Marvel questiona Medusa sobre como ela teria a informação da invasão.
Os Inumanos reúnem o Homem de Ferro, os Capitães América, Homem-Aranha, Máquina de Combate, Mulher-Hulk e Capitã Marvel para revelar o segredo de Ulysses. Para tornar a coisa democrática, Jean Grey é chamada para usar seus poderes telepáticos e mostrar a todos como funcionam as visões do inumano.
Mas, nem tudo sai como o esperado. Sua mente não pode ser lida. Isso de imediato já causa uma reação em Stark, que contesta a decisão de prever situações futuras tendo como base as visões de um inumano cuja mente nem pode ser lida. Já a Capitã Marvel, com a sua fissura por proteger o mundo, encontra no inumano justamente o que ela estava procurando.
Tony faz o questionamento básico sobre matar Hitler ainda bebê e pergunta o que será feito quando as visões começarem a ser sobre eles (a comunidade heroica). Nesse meio tempo, temos alguns bons momentos, como quando Steve Rogers faz menção a se meter na conversa e Stark diz se negar a ter uma discussão ideológica com ele.
Porém, três semanas depois, Ulysses volta a ter uma visão. Dessa vez ele visualiza o Thanos invadindo o complexo Pegasus, em busca de um Cubo Cósmico. Medusa leva o Inumano até a Capitã Marvel, que reúne os Supremos e alguns Inumanos para deter o vilão assim que ele chegar. Com a informação de Ulysses, os heróis terão tempo de se programar para a chegada dele.
Rhodes, que foi visitar Carol (eles estão tendo um caso), acabou participando da emboscada. E a armadilha funcionou direitinho no começo, mas então a maionese desandou. Os heróis se atrapalharam. Máquina de Combate acertou em cheio um míssil na Mulher-Hulk e ele próprio acabou sendo morto por Thanos. Mas no final, o vilão foi preso.
Sobrou para a Mary Janes, que agora trabalha para o Tony, lhe contar sobre a perda do amigo. Stark sai voando até a base dos Supremos, exigindo saber o que aconteceu. Ele encontra o corpo do seu amigo já sem vida e a sua armadura totalmente destroçada.
Quando descobre que ele morreu em uma missão liderada pela Capitã Marvel, ele sai aos berros exigindo conversar com ela. É quando a encontra em frangalhos, sentada ao lado da Mulher-Hulk, que está entubada e em coma, gravemente ferida.
Ela explica o que aconteceu, discute brevemente com o amigo, mas o irrita mais ainda quando conta que a emboscada foi armada graças as visões de Ulysses. Stark sai muito irritado, falando que vai evitar que os heróis brinquem de Deus novamente. Enquanto Carol Danvers, ainda mais arrasada, vê a Mulher-Hulk acordar para lhe dizer que ela está lutando pela coisa certa. Imediatamente depois disso o coração dela para de bater e a edição acaba.
É um início bastante eletrizante para essa que promete ser a grande saga da Marvel no ano. A história repete a questão da divisão ideológica, mas apresenta uma história totalmente original. Um dos destaques fica para a sempre divertida interação entre os vários nichos de heróis da editora.
A história apresenta alguns elementos também do filme da Guerra Civil, como o fato da divisão além de ser ideológica, estar fortemente ligada aos laços de amizade. Tanto entre os dois protagonistas (Capitã Marvel e Homem de Ferro) quanto as vitimas (Mulher-Hulk e Máquina de Combate).
Pra uma primeira edição, particularmente gostei bastante. Teve ação, teve piada e teve muitas explicações e diálogos que fundamentaram a posição dos principais envolvidos. E a arte do Marquez somada  ao roteiro do Bendis sempre casam perfeitamente. As cenas finais passam uma emoção muito forte. O desespero dos personagens é completamente crível.
É apenas a primeira (de sete) edição da saga, então é muito cedo para ser definitivo em qualquer coisa. Mas ela sem dúvidas começou muito bem. As ramificações desses acontecimentos e novos desmembramentos devem ocorrer a partir de agora. O mais esperado é certamente a divisão de lados. Alguém tem alguma aposta?
E você caro leitor, o que achou? Também gostou? Ou é do time oficial de haters do Bendis que criticam qualquer coisa que ele assina? Brincadeiras a parte, deixem nos comentários as suas impressões.

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